Quando pensamos e criamos algo para ser lembrado, devemos registrá-lo, quer seja em uma foto, quer seja em um escrito, pois assim você perpetuará a sua ideia e torna-se-á um Imortal!

Foi o que fiz aqui... Tornei-me imortal!

domingo, 29 de agosto de 2010

O sabor da velha infância

    Olhando para trás, é duro acreditar que estejamos vivos até hoje. 
Nós viajávamos em carros sem cintos de segurança ou air bag

Não tivemos nenhuma tampa à prova de crianças em vidros de remédios, portas, ou armários e andávamos de bicicleta sem capacete, sem contar
que pedíamos carona.

Bebíamos água direto da mangueira e não da garrafa.

Nós gastamos horas construindo nossos carrinhos de rolimã para descer ladeira  abaixo e só então descobríamos que tínhamos esquecido dos freios. 

Depois de colidir com algumas árvores, aprendemos a resolver o problema.
Saíamos de casa pela manhã e brincávamos o dia inteiro, só voltando
quando se acendiam as luzes da rua.  Ninguém podia nos localizar.
Não havia telefone celular. 

Nós quebramos ossos e dentes, e não havia nenhuma lei para punir os culpados. Eram acidentes. Ninguém para culpar, só a nós mesmos.
Nós tivemos brigas e esmurramos uns aos outros e aprendemos a superar isto.  Nós comemos doces e bebemos refrigerantes
 mas não éramos obesos.
Estávamos sempre ao ar livre, correndo e brincando.
 


Compartilhamos garrafas de refrigerante e ninguém morreu por causa disso.
 Não tivemos 
Playstations, Nintendo 64, vídeo games, 99 canais a cabo,
filmes em vídeo, 
surround sound, celular, computadores ou Internet.

Nós tivemos amigos.  Nós saíamos e os encontrávamos.  Íamos de bicicleta ou
caminhávamos até a casa 
deles e batíamos à porta. 



Imagine tal uma coisa! 



Sem pedir permissão aos pais, por nós mesmos! Lá fora, no mundo cruel!
Sem nenhum responsável! Como fizemos isso?

Nós fizemos jogos com bastões e bolas de tênis e comemos minhocas e,
embora nos tenham dito que 
aconteceria, nunca nossos olhos caíram ou as
minhocas ficaram vivas na nossa barriga para sempre.

Nos jogos da escola, nem todo o mundo fazia parte do time. Os que não fizeram,  tiveram que aprender a lidar com a decepção...



Alguns estudantes não eram tão inteligentes quanto os outros.
Eles repetiam o ano! Que horror! Não inventavam testes extras.
Éramos responsáveis por nossas ações e arcávamos com as
conseqüência, não havia ninguém que pudesse resolver isso.

 


A ideia de um pai nos protegendo, se desrespeitássemos alguma lei,
era inadmissível! Eles protegiam as leis! Imagine só isso!

Nossa geração produziu alguns dos melhores compradores de risco,
criadores de soluções e inventores.  Os últimos 50 anos foram uma
explosão de inovações e novas idéias.

Tivemos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade,
e aprendemos a lidar com isso. 
 

claraluz

domingo, 15 de agosto de 2010

Porque Era Ele, Porque Era Eu


Eu não sabia explicar nós dois
Ele mais eu
Porque ele e eu
Não conhecia poemas
Nem muitas palavras belas
Mas ele foi me levando pela mão
Íamos todos os dois
Assim ao leo
Ríamos, chorávamos sem razão
Hoje lembrando-me dele
Me vendo nos olhos dele
Sei que o que tinha de ser se deu
Porque era ele
Porque era eu

Claraluz

sábado, 14 de agosto de 2010

Deitar em meus devaneios

Sou uma pessoa simples, dessas sem frescuras, gosto do céu e do mar, do dia nascendo e de sol na cara, gosto de chuva e não gosto de pessoas falsas, dessas que riem de você por trás.
Amo animais,e as flores.
Sou humana mas só de vez em quando, pois se declaro que sou sempre, me cobram ser racional o tempo todo, e isso eu não quero, pois como farei quando as loucuras da vida quiserem me afogar??
Preciso de uma fuga de vez em quando, pois sei que a vida é dura, e o futuro detalhista, não deixa passar nada, nem mesmo as nossas afirmações de que tudo vai mudar e seremos melhores (quem sabe!)
Ficarei assim nesses pensamentos, desejando que o Universo me preencha apenas de energias boas, e para que as más só sejam para manter-me o equilíbrio.
E permanecerei assim, até um novo amanhecer, onde novamente sonho em ver minha hora chegar e partir em um voo que nem ao menos eu sei para que direção!
Mas confio na intuição boa de meu ser, de minha fé, de minha sorte!


Claraluz

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Dia de loucura (ou de sanidade)

Um dia para pegar um ônibus sem destino certo. Para abolir qualquer relógio, inclusive o relógio-ponto. Para dizer - Eu Te Amo - para aquela pessoa que você adora secretamente, temendo uma rejeição.
Para fazer de conta que não existe cobrança, culpa ou medo, em nenhuma forma de manifestação. Para não ouvir a voz de um falso deus inclemente que lhe foi imposto e para contestar as questionáveis leis dos homens.
Para reconhecer que você está cansado de ser politicamente correto, exímio trabalhador, pai ou mãe exemplar, cidadão ou cidadã de ficha limpa, sem mácula alguma que lhe possam imputar.
Para dizer um basta, alto e bom som às pessoas e situações que por anos a fio, estão a lhe cercear. Para não pensar nas contas no fim do mês e nem nos malabarismos que você faz para prover e pagar. Para reconhecer que ter filhos é uma bênção, mas criá-los a contento, é um oneroso e complicado dever. Para admitir que a vida está passando muito depressa e que às vezes você tem muito medo de morrer.
Para descobrir que você virou um náufrago, meteu-se numa camisa de onze varas e que, na verdade, não teve outra escolha, se quisesse sobreviver.
Para lembrar que há muito tempo você não faz nada que lhe dá prazer, não porque não queira, mas porque muito mais alto, lhe fala o dever. Para perceber que sua lenda pessoal é incompatível com os compromissos assumidos e que você não poderá segui-la sem que outros venham a sofrer.
Para chorar por tudo aquilo que você quis que fosse, mas que infelizmente não pode ser. E se você fizer tudo isto, por certo vão lhe taxar de louco, mas antes que você enlouqueça de vez, permita-se um dia de trégua. Feche para balanço, passe sua vida a limpo. Jogue fora dos arquivos e dos armários internos, tudo que você puder jogar.
Esvazie-se, solte-se, aquiete-se e creia... é neste exato momento que a Suprema Força do Universo poderá lhe ajudar. No dia seguinte retome o seu trajeto serenamente, porque haverá Anjos no seu caminhar e a mão amorosa de Deus a lhe sustentar.


P/Fátima Irene Pinto


Claraluz

sábado, 7 de agosto de 2010

Peça desculpas...



É difícil perdoar?
Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo diga…
É difícil se abrir?
Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça…
É difícil ouvir certas coisas?
Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o…
É difícil entregar-se?
Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida…
Mas, com certeza, nada é impossível…
(Cecília Meireles)

Claraluz

Gosto de você !




.Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno, idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade. 

Gosto de gente que ri, chora, se emociona com um simples e-mail, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago. 

Gente que ama e curte saudade, gosta de amigos, cultiva flores, ama os animais. 
Admira paisagens, poeira e chuva. 

Gente que tem tempo para sorrir bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser! 

Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, 
por mais desgastantes que sejam. 

Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto. 

Gente de coração desarmado, 
em ódio e preconceitos baratos. 
Com muito AMOR dentro de si. 

Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, 
apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentoras suas lágrimas e sofrimentos. 

Gosto muito de gente assim como VOCÊ 
e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!

Arthur da Távola

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

EU E OS OUTROS


Único, a nenhum sou igual.
Meu eu individual me reparte do global.
Sou um ser especial diante do geral:
trago em mim a essência do integral.

Singular eu sou, mas apenas no plural.
Este é o meu profundo sentimento:
ninguém é alguém sem outrem.

Para ser é preciso pertencer ao total;
ir muito além do enfrentamento pessoal,
engajar-se na construção social.

Deixar-me levar como pluma ao vento,
em movimento livre , é abster-me do fardo,
tornar-me insignificante, da espécie um bastardo.

Ficar de fora do comprometimento
é procedimento insubsistente e aéreo
porque a todo momento eu e os outros
somos tão e somente UM. Eis o mistério!

Lina Meirelles

Viver é um espetáculo imperdível


Você pode ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não se esqueça de que sua vida é a maior empresa do mundo. Só você pode evitar que ela vá à falência. Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros. Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.  É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem. Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.

É ter maturidade para falar "eu errei".
É ter ousadia para dizer "me perdoe".
É ter sensibilidade para expressar "eu preciso de você".
É ter capacidade de dizer "eu te amo".
Faça da sua vida um canteiro de oportunidades. Que nas suas primaveras você seja amante da alegria. Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria. E, quando você errar o caminho, comece tudo de novo. Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida e descobrirá que ser feliz não é ter uma vida perfeita, mas é usar as lágrimas para irrigar a tolerância, usar as perdas para refinar a paciência, usar as falhas para esculpir a serenidade, usar a dor para lapidar o prazer, usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

Jamais desista de si mesmo. Jamais desista das pessoas que você ama. Jamais desista de ser feliz, pois a vida é um espetáculo imperdível...


Autor: Eduardo Melo Valente

Claraluz

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Quem me dera eu ser criança

Quem dera voltar a ser criança!
Criança de verdade, que acorda com a cara amassada, com cabelo arrepiado e embaraçado sem creme pra pentear.
Quem dera ser criança, que molha o pão no café, que almoça com o prato na mão vendo desenho na televisão, que rouba fruta no quintal do vizinho subindo no muro da própria casa, que se molha na chuva de propósito, que corre descalço pra lama sujar a perna e o pé, depois ter desculpa pra tomar banho de borracha!
Quem dera ser criança, pular o muro de casa pra brincar na rua, andar descalço, correr com sapato de salto  da mãe, brigar na rua, rolar no chão, depois ficar de bem!
Vestir a roupa da mãe e não ter vergonha disso, brincar de casinha, fazer comidinha com as flores e folhas da planta exótica comprada no horto.
Quem dera ser criança, esconder-se embaixo da cama para não tomar banho e poder ficar na brincadeira até tarde. Comer doce em 7 de setembro, depois dizer que só ficou com vontade.
Quem dera ser criança, ser líder na brincadeira e ganhar o pic bandeirinha, escolher o melhor esconderijo quando o pic for esconde- esconde!
Quem dera ser criaça, poder chorar quando perde a figurinha no jogo de bafo bafo, rir quando o cachorro corre atrás do rabo e faz xixi no pneu do carro recém lavado. 
Ficar de mal e logo depois ficar de bem, com a condição de ser aceita na próxima brincadeira. 
Guardar o chiclete na geladeira e colocar açucar pra comer depois do almoço.
Ah quem dera, quem dera eu adulta poder conservar essas lembranças, pra não esquecer que fui criança e daquelas que tudo podia até transformar os sonhos e viajar para longe sem mesmo dizer: PIRLIMPIMPIM


Claraluz